sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Sindicatos e movimentos populares protestam contra PEC do Teto nesta sexta-feira (11)

Cidades de diversas regiões do Brasil amanheceram com protestos contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que estabelece limites para o investimento público para as próximas duas décadas. Sindicatos e movimentos populares – articulados através das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo – promoveram paralisações de trabalhadores e fechamento de rodovias nesta sexta-feira (11).
A PEC, aprovada em dois turnos na Câmara, recebeu um novo número no Senado (55), e é um dos principais projetos do governo não eleito de Michel Temer (PMDB). Seus defensores afirmam que ela é necessária para se reestabelecer um reequilíbrio nas contas públicas. De outro lado, os que criticam a proposta afirmam que áreas fundamentais como saúde e educação pública, sofrerão com sua aprovação.
Estudos apontam que, caso tivesse sido aprovada há 20 anos, não teria havido, por exemplo, a política de valorização real do salário mínimo e hoje, este valeria apenas metade do seu patamar atual. Projeções indicam que a aprovação da PEC 55 pode significar que a saúde pública deixe de receber R$ 618 bilhões durante sua vigência, o que inviabilizaria o funcionamento do SUS, que já não recebe recursos suficientes.
Protestos
Logo pela manhã, trabalhadores dos serviços de transporte público interromperam suas atividades em diversas cidades. Em Salvador, capital baiana, condutores não retiraram os ônibus da garagem.
Em Sorocaba, município do interior paulista, a frota de coletivos deve permanecer fora de circulação até às 12h. Já em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, os veículos de 99 linhas municipais não foram às ruas até 7h da manhã.
Vias foram bloqueadas em diversos pontos do país. A Rodovia Presidente Dutra foi trancada em dois sentidos no interior de São Paulo. Professores também interromperam o fluxo de veículos no principal ponto de acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. A Anchieta também teve pontos bloqueados. A Marginal Pinheiros, região oeste da capital, também teve protestos.
Em Pernambuco, estradas foram paralisadas e um dos municípios mobilizados no estado foi Caruaru. Na Zona da Mata pernambucana também houve bloqueios em vias. 

A BR-153, na altura do anel viário de Aparecida de Goiânia, em Goiás, foi bloqueada às 7h e permanecia com o fluxo de veículos interrompido pelo menos até às 10h.
Prédios públicos também foram ocupados por manifestantes. Na cidade de Abaetetuba, localizada a 100 km de Belém, no nordeste do Pará, a sede do INSS foi ocupada em protesto.
Marchas de rua também estão sendo realizadas. Em Chapecó (SC), por exemplo, mais de 3.000 mil trabalhadores e trabalhadoras se concentram na Praça Coronel Bertaso para darem início a uma caminhada.
O plano de venda de ativos da Petrobras para a iniciativa privada também foi alvo das manifestações. Em Macaé, Rio de Janeiro, petroleiros protestaram em vias públicas do município, cortando o fluxo de automóveis.

Em São Paulo, trabalhadores da Sabesp, companhia pública estadual responsável pelo serviço de saneamento também interromperam suas atividades em 30 unidades nesta manhã.
Fonte: Brasil de Fato

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