quinta-feira, 19 de abril de 2018

RN é o sétimo do país em maior percentual de municípios que ainda usam lixão

Lixões são destinos de resíduos sólidos de quase a metade dos municípios do RN.
Boa parte dos municípios do Rio Grande do Norte destinam para os lixões os resíduos sólidos produzidos neles. Levantamento feito pelo Ministério das Cidades e divulgado nesta quarta-feira, (18), apontou que 39,5% dos municípios do Estado dão essa destinação para seu lixo. Esse, inclusive, é o 7º maior percentual do Brasil e o 4º da região Nordeste. E, detalhe: 46,1% dos potiguares nem mesmo enviaram informações sobre o destino dos seus resíduos sólidos.
Os dados do Ministério das Cidades têm o objetivo de acompanhar a evolução das metas do Plano Nacional de Saneamento Básico, o PLANSAB, aprovado em 2013. E no caso do Rio Grande do Norte, apenas 9% de todo o lixo produzido vai para um aterro sanitário e só 5,4%, para um aterro controlado. Sobre essa destinação adequada, porém, os potiguares só perdem, no Nordeste, para Pernambuco.
É importante esclarecer que o levantamento é incompleto. Dos mais de 5 mil municípios do País, apenas 3.627 declararam a destinação final dos seus resíduos. Desse total, 1.166 disseram enviar seus resíduos domiciliares para lixões; 659 para aterros controlados; e 1.802 para aterros sanitários. Nessa situação, estima-se entre 2.600 a 2.700 a quantidade de pequenos municípios brasileiros, ou 48% do total, que ainda enviam seus resíduos domiciliares para lixões.
Além disso, muito provavelmente há de se somar mais um conjunto de “pequenos lixões” existentes em distritos ou povoados distantes das sedes municipais ou sem condições de acesso espalhados no País e não contabilizados pelos informantes, além de lixões que, embora não estejam em operação, ainda não foram recuperados, configurando mais um passivo ambiental.
Em outro levantamento, divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), divulgado no ano passado, o Rio Grande do Norte possuía 155 lixões e vazadouros ainda em operação. Esse número, inclusive, se contrapunha a meta de encerrar os lixões até 2014, como disposto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, prevista na Lei Federal número 12.305/2010.
No caso de Natal, a capital do Estado, são produzidos cerca de 850 toneladas de lixo por dia, em média. E o município paga mais de R$ 2 milhões para operar a estação de transbordo em Cidade nova e utilizar o aterro sanitário de Ceará-Mirim. Por sinal, apenas em Ceará-Mirim e em Mossoró existem aterros sanitários.
Fonte: AGORA RN

Nenhum comentário:

Postar um comentário