terça-feira, 1 de outubro de 2019

“Corrupção é vender a alma ao deus dinheiro”, afirma Francisco.

Em missa recentemente realizada na Casa Santa Marta, Francisco ponderou sobre o sentido espiritual deste mal que há muito, mas marcadamente nos nossos dias, assola a humanidade: a sacralização do dinheiro, o enxergarmos no dinheiro um fim que justifica todos os meios, mesmo os mais violentos e deploráveis.
À diferença do pecador, que se reconhece pecador e busca em Deus por misericórdia, o corrupto, ponderou o Santo Padre, não age desta maneira precisamente pelo fato de que, ainda que sob uma aparência piedosa, este serve a um outro deus: o deus dinheiro.
Não teria sido outra a razão que levara Jesus a se revoltar contra os vendilhões do templo: o comportamento do Cristo se explica precisamente pelo fato de que, naqueles homens, Jesus reconhecia idólatras que ali se valiam da fé em Deus para instituírem outro: o “dinheiro” ao invés de “Deus”. “Por trás do dinheiro há o ídolo”, salientou.
A reflexão proposta por Francisco constitui, nos nossos dias, uma imperiosa necessidade, sobretudo levando-se em conta o fato de que a ganância, a avareza, a cobiça e todos os comportamentos deploráveis e anti-cristãos que decorrem dessas inclinações, as mais baixas, utilizam-se frequentemente da máscara da piedade cristã para se fazerem passar despercebidas, subvertendo assim o próprio cerne da mensagem do evangelho.
Por Revista Pazes

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