Blog da Iris Lúcia
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
terça-feira, 1 de outubro de 2019
“Corrupção é vender a alma ao deus dinheiro”, afirma Francisco.
Em missa recentemente realizada na Casa Santa Marta, Francisco ponderou sobre o sentido espiritual deste mal que há muito, mas marcadamente nos nossos dias, assola a humanidade: a sacralização do dinheiro, o enxergarmos no dinheiro um fim que justifica todos os meios, mesmo os mais violentos e deploráveis.
À diferença do pecador, que se reconhece pecador e busca em Deus por misericórdia, o corrupto, ponderou o Santo Padre, não age desta maneira precisamente pelo fato de que, ainda que sob uma aparência piedosa, este serve a um outro deus: o deus dinheiro.
Não teria sido outra a razão que levara Jesus a se revoltar contra os vendilhões do templo: o comportamento do Cristo se explica precisamente pelo fato de que, naqueles homens, Jesus reconhecia idólatras que ali se valiam da fé em Deus para instituírem outro: o “dinheiro” ao invés de “Deus”. “Por trás do dinheiro há o ídolo”, salientou.
A reflexão proposta por Francisco constitui, nos nossos dias, uma imperiosa necessidade, sobretudo levando-se em conta o fato de que a ganância, a avareza, a cobiça e todos os comportamentos deploráveis e anti-cristãos que decorrem dessas inclinações, as mais baixas, utilizam-se frequentemente da máscara da piedade cristã para se fazerem passar despercebidas, subvertendo assim o próprio cerne da mensagem do evangelho.
Por Revista Pazes
sexta-feira, 24 de maio de 2019
quinta-feira, 9 de maio de 2019
Bullying: 8 tipos que seu filho pode estar sofrendo ou praticando
Alguns comportamentos parecem bullying, mas não são. Outros não parecem, mas são. Enfrentar as agressões físicas e verbais do bullying pode se transformar num jogo de encaixar peças, que requer a participação das crianças, dos pais e da escola. De olho nisso, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou um guia para dar os caminhos da prevenção e do controle desse problema.
Em primeiro lugar, vale dizer que o bullying se caracteriza pela repetição de atitudes agressivas e de intimidação entre estudantes. Uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de países que mais abrigam esse comportamento.
Para ter ideia, 43% das crianças e dos jovens estão passando por apuros do tipo. Essa hostilidade tem impacto na saúde mental de todos os envolvidos, sobretudo das vítimas, causando-lhe um sofrimento psíquico que poderá desencadear, em indivíduos geneticamente predispostos, algum tipo de transtorno mental grave do tipo, depressão, transtorno bipolar e até a esquizofrenia. Todas essas doenças são riscos iminentes de suicídio. O suicídio entre os jovens de 14 a 19 anos já é considerado uma epidemia.
Assim estejamos atentos aos tipos de bullying:
Os 8 tipos de bullying
1- Físico
Inclui beliscões, socos, chutes, empurrões e afins. Aproximadamente 3% dos mais jovens pelo mundo passam por ele.
2- Verbal
É o mais comum: relatado por 13% dos estudantes. É composto de apelidos, xingamentos e provocações.
3- Escrito
Quando bilhetes, cartas, pichações, cartazes, faixas e desenhos depreciativos são usados para atacar os colegas.
4- Material
Ter seus pertences danificados, furtados ou atirados contra si faz parte da rotina de cerca de 5% das vítimas.
5- Cyberbullying
A agressão se dá por meios digitais, como e-mail, fotos, vídeos e posts e, em pouco tempo, alcança muita gente. Devido à sua rápida disseminação, hoje a ofensa online chega a ser mais impactante nos círculos escolares.
6- Moral
A tática aqui é difamar, intimidar ou caluniar imitando ou usando trejeitos próprios do alvo como armas.
7- Social
Criar rumores, ignorar, fazer pouco caso, excluir ou incentivar a exclusão com objetivo de humilhar estão entre as artimanhas.
8- Psicológico
Todos os tipos têm um componente que afeta a saúde mental, mas aqui se destaca a pressão na psique induzida por diversos meios.
Os protagonistas
Até quem fica de fora, só olhando o bullying acontecer, tem papel nessa história. Veja:
- Espectador
O silêncio ou as risadas dos que estão em volta reforçam, ainda que sem intenção, ataques físicos ou verbais. Muitas vezes, essa conduta é fruto do medo de se tornar o próximo alvo.
O clima de insegurança também é prejudicial para quem está na plateia. Por outro lado, seu suporte ajuda a frustrar o bullying e coibir ações semelhantes. Afinal, quando as pessoas ao redor deixam de apoiar o bullying, o autor tende a ficar sozinho e parar de constranger os alvos.
- Alvo
As marcas da perseguição podem ser tão profundas em quem está no olho do furacão que os traumas reverberam para o resto da vida. Diante da coação, alguns se manifestam de forma insegura e não se defendem.
Outros mostram um temperamento mais exaltado e revidam. Tem gente que se sente culpada por sofrer, enquanto outros descontam a frustração nos colegas.
- Autor
No bullying, o autor sabe que sua ação poderá machucar o outro, mas faz mesmo assim, sem pesar consequências. Tanto quanto o alvo, quem pratica o bullying precisa de atenção e, em alguns casos, tratamento.
O autor também apresenta um risco maior de desenvolver adversidades mentais. É importante buscar respostas sobre a origem do comportamento hostil. Baixa autoestima e depressão podem ser tanto causa como consequência do bullying.
Fontes: Joel Conceição Bressa da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria; Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, psicóloga e professora da Universidade Federal de São Carlos; Maria Isabel da Silva Leme, psicóloga do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo; Cléo Fante, pedagoga especialista em bullying (SP)
terça-feira, 2 de abril de 2019
Professora abre sua casa para alfabetizar adultos de graça
Aos 77 anos, a professora aposentada Eunir Alves Moreira de Faria colocou em frente de sua casa um cartaz oferecendo alfabetização gratuita para adultos na cidade de Patos de Minas.
“Sinto a necessidade de ver pessoas lendo e escrevendo. “Eu tenho duas mesas e dez cadeiras na varanda e foi esse ambiente que disponibilizei para proporcionar estudo a quem não tem. Colei o papel há pouco mais de uma semana e já consegui preencher todas as vagas. Inclusive, vou dar aula no período noturno para atender também quem trabalha”, disse Eunir em entrevista ao G1.
A aposentada, que lecionou por 25 anos em Itaúna, no Centro-Oeste de Minas, diz que fazer trabalho social é se realizar duas vezes. “Me sinto melhor como pessoa e ao mesmo tempo volto a fazer o que me dá prazer: dar aula. Como moro sozinha também é uma forma de estar sempre acompanhada”, ressaltou.
Eunir contou que logo no primeiro dia que colocou o cartaz uma mulher a ligou interessada e que ao saber que sim, seria alfabetizada sem custo, se emocionou e chorava de felicidade que finalmente saberia ler e escrever.
“Isso me emocionou e me fez ter a certeza que o dinheiro não tem muito valor quando o assunto é educação. Proporcionar uma vida diferente ao outro, isso sim não tem preço”, comentou a professora.
Para suas aulas, Eunir criou uma cartilha ilustrada para ajudar no aprendizado. São 3 volumes que rendem cerca de 6 meses de estudos. O processo é silábico e garante bons resultados. Ela espera ainda que outras aposentadas se inspirem e também levem esse tipo de atitude adiante.
“O mal espalha muito fácil, mas o bem nem sempre. É necessário sacrificarmos um pouco para ajudar o outro. Isso é ser humano e eu desejo sim, ser um exemplo, já que o Governo não dá a atenção que a educação merece”, concluiu.
Por Portal Raízes
segunda-feira, 18 de março de 2019
É URGENTE A Necessidade Da SAÚDE MENTAL Ser Tratada Como PRIORIDADE Desde A Infância
De acordo com OMS (Organização Mundial de Saúde), até 2020 a depressão será a principal doença mais incapacitante em todo o mundo. Isso significa que a saúde mental não está entre as prioridades dos governos. Uma pessoa sem qualidade na saúde mental deixa de produzir e tem a sua vida pessoal bastante prejudicada. Já passou da hora de compreendermos que a nossa saúde mental deve ser tratada como prioridade desde a infância.
A sociedade, bem como as famílias, não são preparadas e amparadas para acolher o portador de sofrimento psíquico. Isto faz com que exista uma lacuna entre o cuidado que se tem e o cuidado que se almeja ter em saúde mental. Entretanto, muitos são os esforços de profissionais da saúde na busca por atenção à saúde mental que acabe com os estigmas de exclusão e o preconceito, arraigados à cultura psicossocial que prevalecem até os dias de hoje. Uma vez que a literatura atual sobre o tema coloca a família tanto como a grande causadora do adoecimento psíquico quanto como potente meio de cuidado e melhora. Entretanto o maior problema está neste sistema que, em detrimento de políticas públicas que possam garantir saúde pública física e mental de qualidade, somente fomenta a concentração de riquezas à uma pequena parcela da população.
“A falta de investimento em saúde mental como uma questão de urgência terá custos de saúde, sociais e econômicos em uma escala que raramente vimos antes. Um compromisso de alto nível em saúde mental é necessário, não apenas no setor da saúde pública, mas também no âmbito da educação, trabalho, bem-estar social e departamentos judiciais. Sabemos o que funciona. Agora é a hora de agir”, disse Shekhar Saxena, diretor do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS.
Atualmente, mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a depressão no mundo – estima-se que no Brasil, são 11 milhões, 6% da população foram diagnosticados com depressão. E cerca de 850 mil pessoas morrem, por ano, em decorrência da doença.
De acordo com uma recente revisão de 31 artigos científicos sobre suicídio, mais de 90% das pessoas que se mataram tinham algum transtorno mental como depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e dependência de álcool ou outras drogas. No Brasil, porém, persiste a falta de políticas públicas para prevenção do suicídio, com o agravo do congelamento dos gastos com saúde e do aumento populacional.
Envenenamento, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais comuns de suicídio global. Evidências da Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Estados Unidos e vários países europeus revela que limitar o acesso a estes meios podem ajudar a evitar o suicídio. Outra chave para a redução de mortes por suicídio é um compromisso dos governos nacionais para a criação e implementação de um plano de ação coordenado. Atualmente, apenas 28 países são conhecidos por ter estratégias nacionais de prevenção do suicídio.
Envenenamento, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais comuns de suicídio global. Evidências da Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Estados Unidos e vários países europeus revela que limitar o acesso a estes meios podem ajudar a evitar o suicídio. Outra chave para a redução de mortes por suicídio é um compromisso dos governos nacionais para a criação e implementação de um plano de ação coordenado. Atualmente, apenas 28 países são conhecidos por ter estratégias nacionais de prevenção do suicídio.
Saúde Mental como prioridade desde a infância
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a segunda causa de mortes entre jovens entre 15 e 29 e já é considerado uma epidemia. Entre os anos de 2003 e 2013, o país registrou aumento de 10% nos casos de suicídio entre crianças de 9 e 12 anos. Ao longo das décadas de 1980 até 2018, o acumulado é ainda mais expressivo, chegando a 62,5% de suicídios. As meninas são as que mais tentam. Os meninos são os que mais conseguem. Por isso o índice de suicídio é maior entre os homens.
Psiquiatra da infância e da adolescência e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Carlos Estelita estuda a interface entre o suicídio e outros fenômenos violentos – desde famílias que vivem em comunidades urbanas tomadas por tiroteios e vivem o estresse diário dos confrontos até jovens indígenas que se sentem rejeitados tanto por suas tribos como por grupos brancos.
O bullying no ambiente escolar é citado por ele como um dos principais elementos associados ao suicídio. “Pessoas que seguem qualquer padrão considerado pela maioria da sociedade como desviante, seja o tênis diferente, a cor da pele, o peso, o cabelo ou a orientação de gênero, são hostilizadas continuamente e entram em sofrimento psíquico”, afirma Estelita, professor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, ligado à Fiocruz.
“Temos de alertar também para a transformação do modelo tradicional de família e para o fato de que a escola nem sempre consegue incluir esse jovem. É o que faz com que mais de 50% dos adolescentes trans tentam o suicídio”.
Criador do Mapa da Violência, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz destaca que o suicídio também cresce no conjunto da população brasileira. A taxa aumentou 60% desde 1980. O Brasil registrou 11.433 mortes por suicídio em 2017 – em média, um caso a cada 46 minutos. Nos últimos 5 anos, 48.204 pessoas tentaram suicídio, segundo registros de entradas em hospitais, mas isto é um ‘subdiagnóstico’, estima-se que esse número é muito maior. Dados oferecidos pela diretora da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho. Em números absolutos, porém, o Brasil de dimensões continentais ganha visibilidade nos relatórios: é o oitavo país com maior número de suicídios no mundo, segundo ranking divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2014. (Fonte – BBC).
No Brasil, cerca de 11 milhões de pessoas foram diagnósticas com depressão, quase 6% da população. É o número 1 com maior prevalência da doença na América Latina, o 2 nas Américas, ficando atrás apenas dos estados unidos. A saúde mental precisa urgentemente ser reconhecida como umas das prioridades nas políticas públicas. Em muitos países, programas de prevenção do suicídio passaram a fazer parte das políticas de saúde pública. Na Inglaterra, o número de mortes por suicídio está caindo em consequência um amplo programa de tratamento de depressão. Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate. A indiferença, a omissão, o silêncio, não podem ser nossas respostas. Fazer nada é a pior decisão que podemos tomar sobre qualquer assunto.
A saúde mental é uma das condições prioritárias cobertas pelo Mental Health Gap Action Programme (mhGAP) da Organização Mundial da Saúde (OMS). O programa visa ajudar os países a aumentar os serviços prestados às pessoas com transtornos mentais, neurológicos e de uso de substâncias, por meio de cuidados providos por profissionais de saúde que não são especialistas em saúde mental. A iniciativa defende que, com cuidados adequados, assistência psicossocial e medicação, dezenas de milhões de pessoas com transtornos mentais, incluindo depressão, poderiam começar a levar uma vida normal – mesmo quando os recursos são escassos. Pesquisas recentre mostram que países que priorizam a saúde mental têm diminuído significativamente os índices de depressão e suicídio.
Ainda sobre este assunto:
- A Depressão E O Suicídio Entre Os Cristãos: Por Que Os Pastores Estão Se Matando?
- Com 11 Milhões De Brasileiros Com Depressão, Suicídio Já É Considerado Uma Epidemia
- A importância do psicologo no dia-a-dia da escola na prevenção de tragédias como a de Suzano
(Excerto de “Jovem, não morra na Golden Gate”, artigo (prelo) de pesquisas teóricas e de campo, da romancista e psicopedagoga Clara Dawn, que tem se dedicado ao assunto desde 2014). Todas as informações deste artigo foram conferidas pelo Portal Raízes. Dentre as várias fontes pesquisadas, estão: World Health Organization Relatório Mundial de Saúde – Saúde Mental, nova concepção, nova esperança Organização Pan-Americana de Saúde.
Por Portal Raízes
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